.O VATICANO

.O VATICANO

.O Vaticano - de Nanû da Silva

"... um beijo foi o primeiro contato entre Pietro e o Papa"
--- Cadê o baseado? - perguntou o Papa.
--- ? - Pietro sem entender.

Nesses rabiscos x leitor/a vai ler dois livros em um. Imagine lendo um romance onde o rabiscador intervem. Aqui nessa obra tu vai ler o romance e a história do rabiscador sobre a arte de escrever seu primeiro romance. Uma ficção deliciosa, onde o rabiscador tenta quebrar padrões na literatura. risos, gargalhadas, inocência, gritos e literatura.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

china e anigav

ODE AOS OLHOS
Depois de uma noite de sono
Abri-los e descobrir o dia.
Que tudo em chamas
Na destruição para construção de um mundo novo.
Black block inflama.
Abra os olhos
E veja que só vai haver mudança
Se você for a chama
A centelha
A fagulha.
A lama.
Abra os olhos
E veja como és tua realidade,
Ke não esta na TV,
Ke não está nos jornais,
Ke você vê.
Para enganar não só os olhos
Mas você!
Abra os olhos
E descobrirá você
Nessa realidade que você tenta escondê!
(Anigav - Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.)



ODE AO NARIZ
Senti os sentidos
Onde escrevi
Ode aos meus amigos
Pois sem eles nada existo
Apresento-lhes
os olhos, a boca, o ouvido
as mãos o cú
e ...
eu
Esses são meu amigos.
(Avles - Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.)



ODE A PICHAÇÃO
Eu
Aprendi com a anti-arte
Grapixo.
Com Labaki
Rabiskus.
Nos desenhos
De interrogações
dos outros grapixo.
Em todos os lugares
Exijo respeito e grapixo.
Nisto, existo!
Para ke no conflito
Possa dizer de kelado estou!(?)
Dxs de baixo como eu.
Grapixosou!
(Avles - 24 de dezembro de 2011
Em Krasnodar, o escritório do partido Rússia Unida foi atacado por anarquistas à noite. Os companheiros quebraram algumas janelas e gritavam palavras de ordem, diante do espanto das pessoas que estavam nas proximidades.)




No bairro SOLIDARIEDADE. Eles trocavam frutas além de olhares e risos. Cada barraco tinha um pé de fruta na frente. No bairro NÃO É SÓ UMA PALAVRA eles trocavam igualdade além de olhares e risos.
(Ney – o pardal anarquista que vivia no pé de manga-borbão tinha na frente a casa de Pedrinho).




JESUS. 17 anos. Depois de um baseado, masturbavas pensando em Maria de Magdala. A vizinha. Que se masturbavas pensando em Jesus Cristo. Eles moravam na favela Black Block. Não se conheciam, apenas por alguns sentidos.
(Dostoiévski – o pekeno rato que morava no quintal e percorria os dois barracos a noite em busca de alimentos.)




NO CHÃO. Liquido viscoso. Na parede não há sombra. No beco escuro, deixou apenas o ruído da fuga...
Domingo. Bar do zé. Um copo de cerveja. Troca de idéias. A policia expõe sua arte...ficialidade.
Na parede há varias sombras na vertical. Uma faca e uma batata fora encontrada. O que é isso? – perguntou o policial. Tenho gastrite – respondeu uma das sombras. A policia foi-se, se perder na esquina. Meu álibi perfeito. Qual foi?
(Afroditiblackblock – a mosca ke acabara de pousar sobre o copo de cerveja.)



21\12\05 – AO SOM DA DISCHORD(SÃO ROQUE) CANDANCES
Delicio-me com espinhos cravados em meus segredos COM A SONORIDADE DAS LÁPIDES SEPULCRAL DE UM DIA COMUM!
Delicio-me com a sonoridade da tempestade QUE ME CARREGA COM AS FOLHAS. NINGUEM NAS RUAS. HUMANOS INUMANOS MORTOS VIVOS!
Delicio-me com a morte de políticos partidários QUE SUGAM COMO PARASITAS. VAMPIROS EM BUSCA DE CINCO LETRAS QUE JUNTAS DESTROEM A LIBERDADE.
Delicio-me com antiarteknup QUE ESCARRA FARPAS, CENTELHAS E FAGULHAS.
Delicio-me com vazio em que me suicido a cada segundo IMENSIDÃO DE ÁTOMOS.
Delicio-me com o cheiro sem mascaras APENAS PARA O COMBATE
Delicio-me com os desacordes hardcore CADÁVER DE LÁGRIMAS
Delicio-me SIM
Com o seu desprezo por mim
Pois a mim voa e nem se lembra de você.
Delicio-me com a solidariedade entre algumas farpas QUE PELO CAMINHO ESCAPA.
Delicio-me em deliciar-se com um pekeno pedaço de espaço.
Delicio-me não de todxs!
delicio-me nas lambuzadas noites de constante permanente conflito
PERMANENTE CONFLITO CONSTANTE OU CONFLITO PERMANENTE CONSTANTE
Delicio-me junto das chamas que ultrapassa o espaço e acerta o alvo
OPRESSOR!
(Mekeda e Nefertiti – Se deliciam em volúpia carnal dentro do banheiro)



SENHORITA DONA DOR
Minha cumplice nessa noite fetal
Senhorita dona dor
Minha amante na Lamina.
Lama. Grama. Cama.
Senhorita dona dor
Se lambuza em agulhas infectadas
Por moribundos seres.
Senhorita dona dor
Dor dona senhorita
Eis me aki!
Combatendo as dores do mundo.

(Francisco Costureiro – Levou-nos a pensar na imperfeição das línguas existentes como meios de comunicação do pensamento, nas gramaticas carregadas de absurdas e contraditórias regras e exceções, que servem apenas para fazer perder um tempo precioso no estudo de um simples instrumento para adquirir os verdadeiros conhecimentos. Servem ainda para os padres e os governos encham os programas de ensino com inutilidades (língua mortas até) que desviam a atenção de educação integral, inimiga do dogma e da autoridade, e deixam as vitimas ignorantes como os analfabetos, e tendo mais pedantismo e diplomas,)

livretos

ODE A OBEDIÊNCIA
Castrar-se
Para um mundo
De pluralidade.
Onde a simplicidade
Nos faz... Evoluir,
Mas essa foi apagada
Apagada por códigos de barras.
(Avles = “De tanto obedecer, adquirimosreflexos de submissão”)



MONÓLOGO DA DITADURA DA MAIORIA
Xs de cima
Gozam
Pois sabem ke
Xs de baixo
Fazem tudo para elxs.
Inclusive ajoelhar-se
E pedir perdão.
(Avles – Black Block é preciso)



ODE A DITADURA GENÈTICA
Tudo ou quase tudo
Vende-se.
Controle uno
Entende-se
Uno.
Nesse jardim
De concreto
Urbano.
(Avles - A ONU estabeleceu ke seu plano é uma redução de 80% da população mundial)



FORA DA MULTIDÃO
Sinta-se
(Nauá – festa. 2h32min. Vozes e risos. No sofá. Silêncio. Olhares e risos).



CANDANCES.
Savana Africana. Debaixo de uma grande árvore. Baoba. Junto com o Vento prepara farinha para o café da manhã. Vento acabara de chegar da luta contra xs de cima. Brasil. Revolta popular.
(Floresta – Roubaram os seus sonhos de menina)




ABRAÇOS DE MONÓLOGO
Pintar
Remoer
Gritar
Dizer
Beijar
Desfazer
criar
Comer
amar
Ser
Odiar
Escrever
Ker mudança, seja!
(Sevla - “A uniformidade não existe nem na natureza nem na vida! Este fenômeno só se dá no cérebro anquilosado das mentalidades autoritárias” Florentino de carvalho.)



SÁBADO.
 Sol. Fumaça. Cerveja. 18\12\2004 – Aprendi a escrever contos minúsculos para meu minúsculo suicídio.três suicidados aki na kebrada.
(Saramago – o besouro que insistia em residir na lâmpada da cozinha.)


MONÓLOGO DO ABRAÇO DE COICE DE MULA.
Ao passar pela rua
Nua em noite de lua
Caminhava no sentir dos sentidos
O vento lhe presenteava com a pekena flor resta dama-da-noite.
Plantada num pekeno jardim onde Aral acabou de regar.
Estava paquerando um pekeno muro
Lhe presenteou
Com apenas um dizer:
Quando xs de baixo se mexem
Xs de cima caem.
(Avles - 10 de janeiro de 2012 Em Moscou, um grupo de guerrilha anarquista ateou fogo na delegacia da ruaLenskaya.)


Poesia gravida
Depois de um relacionamento conturbado
Com a padronização
Resolveu abortar.
Tinha asas, queria voar.
A sua mais nova cria
Putoesia abortada.
(Avles Oceano Pacifico Manga BenteviChofer de Sir Arthur Conan Doyle, ladrão de bancos, sindicalista, anarquista, apaixonado pelos motores e armas. Bannot deu nome ao célebre bando que, a bordo de um dos primeiros automóveis da época, declarou guerra à sociedade burguesa, enquanto seus golpes eram aplaudidos pelas classes populares parisienses.)

ERRO

MONÓLOGO DO MONÓLOGO PERDIDO NA BRISA DA CANNABIS PENSANDO NA REALIDADE
Hoje o amanha será passado
Futuro és
Camiseta são quadros pintados por passado
Grades na janela rondam minha estante
Nesse instante eu gotejo em letras
Formando o analfabeto ke sou
Nesse espetáculo ke é a vida na janela
Onde se apaga o passado e constrói-se um novo passado;
Onde tudo ke se passa é nada mais que a realidade piramidal de sua realidade
No himalaia da minha existência o voar do passado para ke ele não se repita
Me aflita a existência das grades na janela
Onde uma viatura nos espera.
Acabo de lembrar que o passado passou
E eu estou atrasado para ver o nascer do sol.
--- Passa a “bola” porra!
(Avles - “... O código de Nuremberg tornou-se letra morta. A diferença no caso seria a abolição da tortura e do sadismo. Mas estes, apesar do exemplo horripilante do nazismo, continuam em larga escala com a cumplicidade ativa de elementos da classe médica.” – Jayme Landmann)


MONÓLOGO DO PECADO
No desespero de encontrar
No desespero de encontrar
Lilith encontrou a si mesma.
No desespero de encontrar algo
Algo, simplesmente algo.
Em ke pudessem assassinar o ser.
As bruxas encontraram a maça
Eva encontrou a maça
Eu encontrei a maça
A igreja inventou o pecado
Para controle.
(Anigav – A religião é um insulto a dignidade humana. Com ou sem ela, teríamos gente boa fazendo coisas boas e gente ruim fazendo coisas ruins. Mas, para ke gente boa faça coisas ruins, é preciso a religião” – stevenWeinberg)

ODE AO R
E ai R “firmão?”
Sim e você?
Pode crê
Eu tava doido pra te conhecer
E junto formarmos
RE
Com V de
Vendeta e você?
REVOLTe
É nois vamos da um rolê
Firme!
(Avles - No capitalismo contemporâneo, tem que se manter a ilusão da democracia. É do interesse das elites corporativas aceitarem a dissidência e o protesto como uma característica do sistema tanto mais que não ameaçam a ordem social instituída. O objetivo não é reprimir os dissidentes, mas, pelo contrário, modelar e moldar o movimento de protesto, estabelecer os limites exteriores da dissidência.)



ODE A BOCA
Atirei palavras pra assassinar xs de cima.
Atirei cuspe
Para atingir xs de cima.
Atirei putoesias para matarxs de cima
Atirei apenas, para lhes dizer:
Quando xs de baixo se mexem xs de cima caem.
(Avles - A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental.)

beija flor RESTA

SOLILÓQUIO DO NÃO TENHA MAIS FILHxS.
Por causa da abelha não ouve a polinização e por causa da não polinização não ouve a Flor Resta e por causa da não Flor Resta não ouve o equilíbrio e por causa do não equilíbrio não ouve a evolução, que foi assassinada pelo humano com seus herbicidas, concreticidas e homicidas das abelhas.
(Avles - As grandes geladeiras roubadas pelas pessoas ke não possuíam energia elétrica, ou ke estavam com ela cortada é a melhor imagem da mentira de abundancia, tornada verdade com jogo.)



ODE AO AMOR
Terrakeamente apenas...
Uma bela mercadoria
Extraterrakeamente
Não sei...
Mas a anarquia está
Descobrindo o amor ao ódio.
(Avles - A divisão entre a humanidade é clara, de um lado estão os pobres e de outro os ricos, e essa divisão é gerada pelo próprio funcionamento e lógica do capitalismo.)




Barraco sete. Favela Abraços de javali. B e suas companheiras sobreviviam a sociedade é barbárie. Além delas também Aral ke era um pé de manga coquinho e outros seres ke passavam por lá de viagem para descansar. Discarga violenta no toca vinil. B um anarcopunk que sobrevivia de sua antiarte na rua e de alguns tripallium como bibliotecário. Ama livros. No barraco tudo era anarquia e punk. Menos uma de suas companheiras. 19 anos. Au. B não sabia o ke fazer. E assim seguia B ao lado de V e de A e Au.
(Avles - Logicamente ke as leis proibicionistas não acabam e nem se interessam em acabar com o uso das drogas, são um bode-expiatório para a atual sociedade de controle.)


MONÓLOGO DA CANARIO-DA-TERRA DISCUTINDO SOBRE A INQUISIÇÃO.
Na imensidão da Flor Resta,
Canta sua mais nova sinfonia,
A sabia-negra, sua mais nova composição...
No mas democria.. ke leva a ditadura!
No mas ditadura... ke leva a democracia!
Outro mundo é possível.
(Avlves – Tiziu canta na cerca da censura, ke não lhe pode censurar.)




MONÓLOGO DAS MARITACAS CONVERSANDO SOBRE EL MUNDO. POSTE DA RUA TUDO É DE TODXS.
Imagine o vento em um lugar onde não há humanxs
Imaginou!
Voe
Voe como a condor
Sinta a natureza
Voe
Voe bem alto
Agora!
Caia
Caia... Caia
E descobra
Ke por detrás da rainha
Existe alguém mais forte ke a rainha.
(Avles – assista zeitgeistdoc em 3 partes - Entre 1972 e 1993, a Chevron (Texaco então) despejou 18 bilhões de litros de água tóxica em florestas tropicais do Equador, sem qualquer reparo, destruindo os meios de subsistência dos agricultores locais e populações indígenas repugnantes.)



A minúscula joaninha
Vivia em seu mundo
Onde tudo era de todxs.
(Avles – Flor resta)


SOLILÓQUIO A MI MUSICALIDAD
Cadáver do ser supremo
Amor, protesto y ódio
Necrose
StupidPatriotism
Katarro bruto.
Tumor
Warsore
Seven minutes of náusea
Ódio
Noise.
Lixo urbano
Abuso sonoro
Kaos reality
Estômagos vazios
Flores no lixo.
The gerogerigegege
Pastorozott
Castitatesociale
Deadmocracy
Sore throat.
La desgracione
Discarga violenta
VNA
Rot.
Destestation
Fear of god
Dada
Anti-timpanos
Menstruation
Bruxas descalças
Putoezia.
E outras mas...
(Avles - De um lado quem produz todas as riquezas sociais e de outro quem consome tudo o que é produzido de um lado kem é obrigado a vender sua força de trabalho para sobreviver e de outro kem possui os meios de produção e de subsistência e vive de suas rendas.)



MONÓLOGO DO ANTILOCAPA MARCANDO TERRITÓRIO.
Do outro lado da pradaria, o bisão sente o cheiro.
E também, ao seu lado, observa o lobo, sentindo a pradaria.
Do outro lado do sol, o homem sente o cheiro.
E também, ao seu lado, observa a mulher, sentindo a dizimação.
Do lobo da pradaria.
(Avles da pinga -  A guerra perdida contra “as drogas” significa a guerra diariamente renovada e eficaz contra pobres, imigrantes, negros, camponeses entre outros “ameaçadores” – trafico, guerra, proibição – Thiago rodrigues.)





MONÓLOGO DO PEIDO DE BEIJA-FLOR
Em minha lápide a banda Ódio nos presenteia com sua sonoridad;
E na grande Flor Resta a banda Ladesgracione me
presenteia com sua musicalidad;
Onde a liberdad
Faz ruídos ...
E caminha por becos escuros.
Ruas desertas.
Onde todxsxs ídolos foram assassinados
Na pirâmide de nossa realidad
Apagou e assassinou a mentira ke usa marcara de verdad
Não tenha filhxs.
No canto da casa um pekeno ninho de beija-niilismo
Sai para matar.
(Avles - O ke é um policial? É o servidor ativo da mercadoria, é o ser totalmente sbmisso à mercadoria, através da ação do qual o produto do trabalho humano permanece uma mercadoria, cuja vontade mágica é ser paga, e não ser simplesmente uma geladeira ou um fuzil, uma coisa cega, passiva, insensível, submissa ao primeiro ke venha fazer uso dela.)



MONÓLOGO DO CASTOR DESCENDO O RIO CARREGANDO UM GALHO.
Solilóquiamente sente o cheiro de sua realidade
Goza ao não ver humanxs nem predadorxs
E sendo assim...
Movimenta-se em busca de evolução.
Solilóquiamente também descendo o rio
Um pequeno pedaço de papel
Jogado pela extinção de seres.
Solilóquiamente deus suicida-se
Ao descobrir ke mente
Descaradamente.
Solilóquiamente eu me masturbo
Nessa peça de extinção
De mim mesmo.
(Avles - A imposição do cristianismo não apaga, com certeza, os cultos antigos que, pouco a pouco, devem começar a ressurgir, aqui e ali, para desespero da então já poderosa igreja católica, com seus interesses agrários e de dominação dos incontáveis reinos e feudos que caracterizavam a Europa medieval. 
Assim, era preciso erradicar qualquer concorrência.)



MONÓLOGO DO LOBO DE YELLOWSTONE
No coexitir a tudo e a todxs
Onde a dizimação levou-nos... A ser mal e mau
Na busca da alimentação... idas e vindas
Predadorxs assim que somos.
Somos predadorxs em ke dores humanas
Assim nos fez.
Caminhar é preciso
Pela Flor Resta
Caminhar nos é preciso.
Abraços de coice de bisão

(Avles – Chevron foi responsável pela morte de vários nigerianos que protestavam contra a empresa pela sua presença e operação do Delta do Níger.)

lagrimas de mamute

ODE A NÃO-HUMANX
As palavras voam na evolução com o tempo;
As drogas deveriam voltar a serem livres
E as palavras a serem perigosas.
O tempo voa como tem que ser. Finito.
Finito és;
Finito sou, como tudo és;
Finito somos e assim és;
E nesse infinito de finitos
És finito também
Prazer, somos terrákexs.
(Avles – Não tenha filhxs)

ZARAGATEIROS-ÁRABES
Peidei quando estava a caminho do álcool;
O vento me presenteou com cheiro do mesmo;
Cérebro me fez pensar no antes da agricultura a caminho do urbano jardim
E sendo assim
Fiz-me solilóquio.
Nas asas ke tenho e tento esconder,
Pois voar é proibido
Ou quase tudo é proibido.
Deixe-me ficar em silêncio
Para não acordar a proibição.
(Avles - Não importa onde você mora, é impossível escapar da globalização. A única saída é aprender a escolher com consciência antes de comprar.)



SOLILÓQUIO DE TODO FIM É UM COMEÇO
No finito da flor Resta humana
Onde o vazio se traveste de Resta Flor
Onde no jardim urbano
Eis que surge das cinzas
A fagulha
A centelha
A vontade de revoltar-se;
Eis ke surge no urbano jardim;
Onde as palavras voltaram a ser perigosas.
A fênix anárquica ressurge no concreto.
(Avles -  O sistema capitalista em sua louca procura por lucros e acumulação de capital divide a humanidade em duas classes sociais existentes. Uma classe é a trabalhadora e a outra é a classe burguesa.)



ODE A DITADURA CIENTÍFICA
Na realidade de cifrão
Irmão contra irmão
Em busca de mais cifrão
A receita do dia.


ABRAÇOS DE RINOCERONTE.
La...
Bem lá no fundo...
La no fundo...
Das paginas da bíblia
A pequena traça
Aperta seu segundo baseado
Baseado
Na verdade é uma grande mentira!
(Sevla - “... a abundancia de dinheiro geralmente encarece as coisas, e a escassez de dinheiro, da mesma forma, faz que as coisas em geral se tornem baratas. De acordo, portanto, com a escassez ou a plenitude do dinheiro, as coisas em geral se tornam mais caras ou baratas, e por isso a grande abundancia de dinheiro ou metal em barras que nos últimos anos tem vindo das Índias Ocidentais para a Cristandade encareceu tudo” – Gerrard de Malynes“)



MONÓLOGO DA REVOLUÇÃO DOS PREÇOS
A mais valia
Valeu-se de tornar-se
Realidade a miséria humana.
(Anigav – “A velha idéia de ke a terra era importante em relação ao total de trabalho sobre ela executado desapareceu. O desenvolvimento do comércio e indústria, e a revolução dos preços, tornaram o dinheiro mais importante do ke os homens, e a terra passou a ser considerada como fonte de renda. As pessoas haviam aprendido a tratá-la como tratam a propriedade em geral- tornou-se um brinquedos de especuladores que compravam e vendiam pela oportunidade de fazer dinheiro.” – Leo Huberman)



ODE AO LAGO BAIKAL
Em um mergulho ilusório
Regado a diamba
Dedico essa putoesia
E minhas farpas
A essa grande pintura
Em ke és vida
Nesse finito humano és
Oh! Ser
Quem me dera banhar em vossos braços
Poder transar com vos mice
Sentir vosso cheiro
E voar em vosso deserto de seres.
(Avles - Para este psicólogo a “inteligência não é inata” (mesmo porque os cromossomos e genes não poderiam transmitir funções imogéticas e semióticas, tanto ke, até 18 meses, não se consegue encontrar representação mental, na criança, apesar das afirmações dos psicanalistas sobre “arquétipo de Jung” – Jean Piaget )



MONÓLOGO A LA RAVACHOL
Na Flor Resta urbana
A informação é marginal
Pergunte aos abutres e porcos-espinhos,
E também ao gavião-real.
E no meio do jardim
A erva-daninha
Cantava assim:
“Ravachol, Ravachol... vamos detonar a bomba...”
De la banda...
Menstruation
(Avles – Os estudantes, têm muito a aprender, com toda certeza, não com os professores, mas com os “marginais das cidades” cuja lucidez é maior.)


SOLILÓQUIO DA SANTA CEIA
Debaixo da mesa
Masturbava-se Maria
E enviava a foto para sua amiga
Saciar apenas a fome.
(Avles H.N.R.I. - Talvez o fato mais traumático da história da igreja romana esteja na instituição da inquisição, no século XIV. Numa sociedade européia de características ainda feudais, mas em processo constante de transformação, a superposição da fé cristã às religiões pragmáticas de centenas de povoações camponesas iletradas deve ter tido por consequência a mistura de ritos. Não se pode negar que, a pretexto de explicar o inexplicável – a criação do mundo por um único deus, a existência de um paraíso terrestre do qual o primeiro homem é expulso, enfim, toda uma teogonia absurda – a igreja teve de sofisticar ao infinito a sua teologia, o que a tornou uma das mais complexas teologias da história dos homens, baseada em mil sofismas desde os filósofos gregos até os exegetas mais modernos, como Tomás de Aquino e Agostinho, canonizados santos por suas teorias e por darem à fé católica um arremedo filosófico. )

SOLILÓQUIO DA CAMINHADA
Fagulho-me em farpas
NA BUSCA DE TERREMOTOS e black block.
Onde em meus pés leva-me a flor resta do vazio
E nessa caminhada em busca de um só objetivo
Assassinar o finito
E sugerir o fim da padronização;
E nessa caminhada em busca de um só objetivo
Assassinar o ter
E sugerir o ser;
E nessa caminhada em busca flor resta
Flor bela espanca;
E nessa caminhada em busca da tão sonhada feliz idade
Sugiro a anarquia
Assim ke somxs.
(Avles - Nestlé e seu enorme manto de crimes contra o homem e a natureza, como o desmatamento maciço em Bornéu – o habitat do orangotango criticamente em perigo – para produzir óleo de palma, e comprar o leite das fazendas confiscadas ilegalmente por um déspota no Zimbabwe.)




SOLILÓQUIO DA LAPIDAÇÃO DA POESIA
Foi assim... De repente.
Encontrei-a num bar
Toda prosa consigo mesma
E bêbada no desequilíbrio da noite.
Oh! Como dançava...
Parecia uma condor.
Dançava na revolução que la fora acontecia!
Poetas, punk, vagabundxs, anarquistas, vândalxs... Todxs na busca da liberdade!
Onde tudo fosse de todxs!
Onde a evolução era pensado para todxs!
Todxs xs seres del Inficosmos.
A porta se abre bruscamente
Cambaleando e atordoado pela realidade.
Ker um lugar pra se esconder, pois a Doom “police bastard” avançava.
Barricadas noisecore por toda cidade gritavam: “Boicote a padronização de tudo”
Assim como entrou... Também entrou bomba de efeito moral e gais.
Poesia e poeta
Esconderam-se num pekeno banheiro junto com outrxs!
E num coito onde todos os sentidos estavam presentes
Nasceu putoesia
Putoeta!

(Avles - As drogas devem voltar a ser livres.)

leia-me se tiver coragem

SOLILÓQUIO DA PENETRAÇÃO ANAL NUMA NOITE DE MONÓLOGO ONDE xS DE BAIXO ASSASSINA XS DE CIMA.
Estávamos SÓS
Tanto no palco como na plateia
E sendo assim
Interpretando nossa realidade
Num coito com o lugar
MASTURBANDO-ME observei o cheiro
Sentindo o teatro quebrado pelo silencio
Lambuzando-nos em sermos nos mesmxs
Quando o relógio disparou anunciando
A missa das oito.
Gozamos e fomos embora
E quando saímos pela porta
O finito era apenas eu.
(Avles - Destruir estradas e concretos)





SOLILÓQUIO DO ACASALAMENTO DE HIPOPOTAMO
Encontrar nas palavras algo
Algo que possa ser...
Possa ser, barricadas;
Possa ser, linha de frente;
Possa ser, interrogações;
Possa ser perigosx!
Pois a poesia precisa
Ser...
E não ter
Ser, o que sempre foi...
Precisa voltar a ser
O que sempre foi...
Ser perigosa.
Assim como as palavras e gestos...
“Ke xs mortxs deixem para xs vivxs”
(AvlesImportante se pensar ke falamos ke vivemos num país democrático, mais isso pode até ser argumentado no quesito das votações (sem aprofundar, pois é, claro ke a interferência do poder econômico nelas torna essa democracia uma simples fachada) porém transitamos da ditadura a democracia, do ponto de vista politico, jurídico e institucional, mas a estrutura do poder no sistema bancário, na estrutura industrial, comercial, agrário, midiático, não apenas não se democratizou, como se tornou mais concentrada, mas ditatorial – Emir Sader – Caros Amigos 1/09)



SOLILÓQUIO DO DESCOBRINDO A SOLIDÃO
Ao som da libidinosa FLORES NO LIXO
Ao som da brutal e companheira TUMOR
Nas noites de escritor ou escritora.
Passo meu órgão genital onde transo com arame farpado regado a DISRUPT.
PATARENI me penetra em dois sentidos.
PASZORROZOTT me deixa molhada.
Minha vagina se entrega ao som de SEVEN MINUTES OF NAUSEA.
LA DESGRACIONE me empala lentamente.
Gozo ao escutar NOISE no toca vinil.
SIN DIOS me excita e me sugeri ANTI-TIMPANOS.
AUTO-CADAVER e assim ke me sinto.
ÓDIO o que me leva a peça onde solilóquio-me
No conflito e solidão.
(Avles - a maior prisão em ke as pessoas vivem, é o medo de ke as outras pessoas irão pensar de Você)




Katita que é amante de Anitake é amiga de Katita que é companheira de Anita que é psicóloga de Katita que é professora de Anita ke é confidente de Katitake é fotografa de Anita ke é pintora de Katitake é advogada de Anita keé “mula” de Katitake é cozinheira de Anita ke é namorada de Katitake é costureira de Anita... que gostam de pênis de mulher.
(Avles - A propriedade privada é a responsável diretamente pela exploração do trabalho alheio, pois ela é baseada na visão dos lucros sobre a produção.)



AUTOPSIA DA PUTOESIA
Ao som da Ladesgracione – morte ao onipresente

No embriagar de minha sonoridade
Apenas a revolta;
A socialização da liberdade
Apenas ruídos in fagulhas;
A morte da desigualdade
A busca pelo Flor Resta
O assassinato da onisciência
A destruição para construção
Eis a questão?
Ser?
Ter?
Ke tipo de escravo kero ser?
Aiiiiiiii
Dimiiiiimmmmmm
Esse minúsculo átomo que ocupa espaço
Pirando, transpirando e conspirando sua história nesse grande romance que é a vida
O que é a vida?
O ke é a vida?
Um minúsculo existir
Um flautulento peido
Uma gota de chuva nesse deserto
a criação de mais uma nota musical
o vazio da multidão
o imperfeito complexo finito ser
a pétala da flor morta no lago Baikal
a morte de deuses e demônios cotidianamente
o que é a vida?
o que é a vida?
o que é a vida?
Aki e agora!
Eis a resposta.
(Avles – Defendo fortemente o direito ke temos de ser sujeito de nós mesmxs...
...assim se uso maconha ou açúcar (não sei qual dessas drogas é pior), não dou o direito do estado e suas leis interferirem nesta escolha pessoal.)

KE AS MORTAS DEIXEM PARA AS VIVAS.
Putoesia
Puto e teoria
Puto teoria e ação.
Putoesia é uma raiz
Da poesia que não se deixou ser matriz
Nem ser códigos palavristicos.
Assim como o hardcore não é musica;
O punk não é um produto;
Noise core é protesto;
A musicalidade knup não é mercadoria
Eis ke surge a putoesia.
Una arma
Contra lapadronizacione
Da pratica e da teoria.
Assim falou Zaratrusta, seu Zé e minha tia Jefinha.
Assim como o javali se movimenta na mata
Assim como o blackblock cria sua anti-arte
Assim como a Flor Resta resiste.
Assim és a putoesia.
Essa Flor urbana ke resta
Kebrando concreto
E fazendo sangrar.
Eis a questão?
Amando seu ódio
E semeando liberdade
Na luta dxs de baixo contra xs de cima.
Eis-me akiputoesia.
(Avles - O homem ke destrói as mercadorias demonstra sua superioridade humana sobre as mercadorias. Não permanece prisioneiro das formas arbitrarias ke encobrem as suas necessidades reais.)





BEIJOS DE ARROTO DE HIENA
És ópio na alimentação do putoeta;
És fagulha na água da putoeta;
És centelha...
És ódio no amor do anarquista;
És amor no ódio do libertário;
Ésblackblock na destruição pra construção;
És destruição para construção na arte de rebelar-se;
A luta contra el capitalismo.

(Avles - Viva la aborto livre!)