ODE AOS OLHOS
Depois
de uma noite de sono
Abri-los
e descobrir o dia.
Que
tudo em chamas
Na
destruição para construção de um mundo novo.
Black
block inflama.
Abra
os olhos
E
veja que só vai haver mudança
Se
você for a chama
A
centelha
A
fagulha.
A
lama.
Abra
os olhos
E
veja como és tua realidade,
Ke
não esta na TV,
Ke
não está nos jornais,
Ke
você vê.
Para
enganar não só os olhos
Mas
você!
Abra
os olhos
E
descobrirá você
Nessa
realidade que você tenta escondê!
(Anigav
- Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom
infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse
12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa
probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico
como a de uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras
tranqüilas’)”.)
ODE AO NARIZ
Senti
os sentidos
Onde
escrevi
Ode
aos meus amigos
Pois
sem eles nada existo
Apresento-lhes
os
olhos, a boca, o ouvido
as
mãos o cú
e
...
eu
Esses
são meu amigos.
(Avles
- Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de
apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no
momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro
do que um sacrifício imediato.)
ODE
A PICHAÇÃO
Eu
Aprendi com a
anti-arte
Grapixo.
Com Labaki
Rabiskus.
Nos desenhos
De interrogações
dos outros
grapixo.
Em todos os
lugares
Exijo respeito e
grapixo.
Nisto, existo!
Para ke no
conflito
Possa dizer de
kelado estou!(?)
Dxs de baixo
como eu.
Grapixosou!
(Avles - 24 de
dezembro de 2011
Em Krasnodar, o
escritório do partido Rússia Unida foi atacado por anarquistas à noite. Os
companheiros quebraram algumas janelas e gritavam palavras de ordem, diante do
espanto das pessoas que estavam nas proximidades.)
No bairro SOLIDARIEDADE. Eles
trocavam frutas além de olhares e risos. Cada barraco tinha um pé de fruta na
frente. No bairro NÃO É SÓ UMA PALAVRA eles trocavam igualdade além de olhares
e risos.
(Ney – o pardal
anarquista que vivia no pé de manga-borbão tinha na frente a casa de Pedrinho).
JESUS. 17 anos. Depois de um baseado, masturbavas pensando em Maria de
Magdala. A vizinha. Que se masturbavas pensando em Jesus Cristo. Eles moravam
na favela Black Block. Não se conheciam, apenas por alguns sentidos.
(Dostoiévski – o pekeno rato que morava no quintal e
percorria os dois barracos a noite em busca de alimentos.)
NO CHÃO. Liquido viscoso. Na
parede não há sombra. No beco escuro, deixou apenas o ruído da fuga...
Domingo. Bar do zé. Um copo
de cerveja. Troca de idéias. A policia expõe sua arte...ficialidade.
Na parede há varias sombras
na vertical. Uma faca e uma batata fora encontrada. O que é isso? – perguntou o
policial. Tenho gastrite – respondeu uma das sombras. A policia foi-se, se
perder na esquina. Meu álibi perfeito. Qual foi?
(Afroditiblackblock
– a mosca ke acabara de pousar sobre o copo de cerveja.)
21\12\05 – AO SOM DA DISCHORD(SÃO ROQUE) CANDANCES
Delicio-me com espinhos cravados em meus segredos COM A
SONORIDADE DAS LÁPIDES SEPULCRAL DE UM DIA COMUM!
Delicio-me com a sonoridade da tempestade QUE ME CARREGA COM
AS FOLHAS. NINGUEM NAS RUAS. HUMANOS INUMANOS MORTOS VIVOS!
Delicio-me com a morte de políticos partidários QUE SUGAM
COMO PARASITAS. VAMPIROS EM BUSCA DE CINCO LETRAS QUE JUNTAS DESTROEM A
LIBERDADE.
Delicio-me com antiarteknup QUE ESCARRA FARPAS, CENTELHAS E
FAGULHAS.
Delicio-me com vazio em que me suicido a cada segundo
IMENSIDÃO DE ÁTOMOS.
Delicio-me com o cheiro sem mascaras APENAS PARA O COMBATE
Delicio-me com os desacordes hardcore CADÁVER DE LÁGRIMAS
Delicio-me SIM
Com o seu desprezo por mim
Pois a mim voa e nem se lembra de você.
Delicio-me com a solidariedade entre algumas farpas QUE PELO
CAMINHO ESCAPA.
Delicio-me em deliciar-se com um pekeno pedaço de espaço.
Delicio-me não de todxs!
delicio-me nas lambuzadas noites de constante permanente
conflito
PERMANENTE CONFLITO CONSTANTE OU CONFLITO PERMANENTE
CONSTANTE
Delicio-me junto das chamas que ultrapassa o espaço e acerta
o alvo
OPRESSOR!
(Mekeda e Nefertiti – Se deliciam em volúpia carnal dentro
do banheiro)
SENHORITA DONA DOR
Minha cumplice nessa noite
fetal
Senhorita dona dor
Minha amante na Lamina.
Lama. Grama. Cama.
Senhorita dona dor
Se lambuza em agulhas
infectadas
Por moribundos seres.
Senhorita dona dor
Dor dona senhorita
Eis me aki!
Combatendo as dores do mundo.
(Francisco Costureiro –
Levou-nos a pensar na imperfeição das línguas existentes como meios de
comunicação do pensamento, nas gramaticas carregadas de absurdas e
contraditórias regras e exceções, que servem apenas para fazer perder um tempo
precioso no estudo de um simples instrumento para adquirir os verdadeiros
conhecimentos. Servem ainda para os padres e os governos encham os programas de
ensino com inutilidades (língua mortas até) que desviam a atenção de educação
integral, inimiga do dogma e da autoridade, e deixam as vitimas ignorantes como
os analfabetos, e tendo mais pedantismo e diplomas,)