SOLILÓQUIO DA PENETRAÇÃO ANAL NUMA NOITE DE MONÓLOGO
ONDE xS DE BAIXO ASSASSINA XS DE CIMA.
Estávamos SÓS
Tanto no palco como na
plateia
E sendo assim
Interpretando nossa realidade
Num coito com o lugar
MASTURBANDO-ME observei o
cheiro
Sentindo o teatro quebrado
pelo silencio
Lambuzando-nos em sermos nos
mesmxs
Quando o relógio disparou
anunciando
A missa das oito.
Gozamos e fomos embora
E quando saímos pela porta
O finito era apenas eu.
(Avles - Destruir estradas e concretos)
SOLILÓQUIO
DO ACASALAMENTO DE HIPOPOTAMO
Encontrar nas palavras algo
Algo que possa ser...
Possa ser, barricadas;
Possa ser, linha de frente;
Possa ser, interrogações;
Possa ser perigosx!
Pois a poesia precisa
Ser...
E não ter
Ser, o que sempre foi...
Precisa voltar a ser
O que sempre foi...
Ser perigosa.
Assim como as palavras e
gestos...
“Ke xs mortxs deixem para xs
vivxs”
(Avles – Importante se pensar
ke falamos ke vivemos num país democrático, mais isso pode até ser argumentado
no quesito das votações (sem aprofundar, pois é, claro ke a interferência do
poder econômico nelas torna essa democracia uma simples fachada) porém
transitamos da ditadura a democracia, do ponto de vista politico, jurídico e
institucional, mas a estrutura do poder no sistema bancário, na estrutura
industrial, comercial, agrário, midiático, não apenas não se democratizou, como
se tornou mais concentrada, mas ditatorial – Emir Sader – Caros Amigos 1/09)
SOLILÓQUIO DO DESCOBRINDO A
SOLIDÃO
Ao som da libidinosa FLORES NO LIXO
Ao som da brutal e companheira TUMOR
Nas noites de escritor ou escritora.
Passo meu órgão genital onde transo com arame farpado regado a DISRUPT.
PATARENI me penetra em dois sentidos.
PASZORROZOTT me deixa molhada.
Minha vagina se entrega ao som de SEVEN MINUTES OF NAUSEA.
LA DESGRACIONE me empala lentamente.
Gozo ao escutar NOISE no toca vinil.
SIN DIOS me excita e me sugeri ANTI-TIMPANOS.
AUTO-CADAVER e assim ke me sinto.
ÓDIO o que me leva a peça onde solilóquio-me
No conflito e solidão.
(Avles - a maior prisão em ke as
pessoas vivem, é o medo de ke as outras pessoas irão pensar de Você)
Katita que é amante de Anitake
é amiga de Katita que é companheira de Anita que é psicóloga de Katita que é
professora de Anita ke é confidente de Katitake é fotografa de Anita ke é
pintora de Katitake é advogada de Anita keé “mula” de Katitake é cozinheira de
Anita ke é namorada de Katitake é costureira de Anita... que gostam de pênis de
mulher.
(Avles - A propriedade privada é
a responsável diretamente pela exploração do trabalho alheio, pois ela é
baseada na visão dos lucros sobre a produção.)
AUTOPSIA DA PUTOESIA
Ao som da Ladesgracione – morte ao onipresente
No embriagar de minha sonoridade
Apenas a revolta;
A socialização da liberdade
Apenas ruídos in fagulhas;
A morte da desigualdade
A busca pelo Flor Resta
O assassinato da onisciência
A destruição para construção
Eis a questão?
Ser?
Ter?
Ke tipo de escravo kero ser?
Aiiiiiiii
Dimiiiiimmmmmm
Esse minúsculo átomo que ocupa espaço
Pirando, transpirando e conspirando sua história nesse
grande romance que é a vida
O que é a vida?
O ke é a vida?
Um minúsculo existir
Um flautulento peido
Uma gota de chuva nesse deserto
a criação de mais uma nota musical
o vazio da multidão
o imperfeito complexo finito ser
a pétala da flor morta no lago Baikal
a morte de deuses e demônios cotidianamente
o que é a vida?
o que é a vida?
o que é a vida?
Aki e agora!
Eis a resposta.
(Avles – Defendo fortemente o direito ke temos de ser
sujeito de nós mesmxs...
...assim se uso maconha ou açúcar (não sei qual dessas
drogas é pior), não dou o direito do estado e suas leis interferirem nesta
escolha pessoal.)
KE AS MORTAS DEIXEM PARA AS VIVAS.
Putoesia
Puto e teoria
Puto teoria e ação.
Putoesia é uma raiz
Da poesia que não se
deixou ser matriz
Nem ser códigos
palavristicos.
Assim como o hardcore
não é musica;
O punk não é um
produto;
Noise core é protesto;
A musicalidade knup não
é mercadoria
Eis ke surge a
putoesia.
Una arma
Contra lapadronizacione
Da pratica e da teoria.
Assim falou Zaratrusta,
seu Zé e minha tia Jefinha.
Assim como o javali se
movimenta na mata
Assim como o blackblock
cria sua anti-arte
Assim como a Flor Resta
resiste.
Assim és a putoesia.
Essa Flor urbana ke
resta
Kebrando concreto
E fazendo sangrar.
Eis a questão?
Amando seu ódio
E semeando liberdade
Na luta dxs de baixo
contra xs de cima.
Eis-me akiputoesia.
(Avles - O homem ke
destrói as mercadorias demonstra sua superioridade humana sobre as mercadorias.
Não permanece prisioneiro das formas arbitrarias ke encobrem as suas necessidades
reais.)
BEIJOS DE ARROTO DE
HIENA
És ópio na alimentação do putoeta;
És fagulha na água da putoeta;
És centelha...
És ódio no amor do anarquista;
És amor no ódio do libertário;
Ésblackblock na destruição pra construção;
És destruição para construção na arte de rebelar-se;
A luta contra el capitalismo.
(Avles - Viva la aborto livre!)
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