POESIAS EM SENSALAS URBANAS
Nas grandes metrópoles;
Congestionamento de palavras sonoras;
Silêncio barulhento na hora do almoço;
Ranger de garfos e facas;
Tudo na mais sublime normalidade;
Com suas poesias de concreto cimento sólido
Poesias de fumaça, que são expelidas pelas máquinas poluidoras;
E máquinas que distingue você dos outros;
Bem tem – mal não tem!
Poesias de luzes que substituíram as estrelas;
Essas...
Se sentiram sozinhas e já foram habitar outros céus;
Poesias visuais, que de nada serve, apenas para vender falsos valores;
Nas ruas e avenidas perambulam poesias frias e calculistas com o nome de humano;
Humanos desfilam belezas artificiais comprada na loja da esquina;
Tudo parece estar bem.
Alias... outras vidas não mais existem
Foram pra outros lugares
Bueiros e esgotos;
No meio de tudo isso...
Uma criança descendente de escravo
Com sua poesia
Em senzalas urbanas
Mangueia migalhas
Para saciar sua fome.
(NANÛ – o escravo urbano. ke tipo de escravo ker ser?)
ACABO DE BEIJAR MINHAS FERIDAS COM OS LÁBIOS NAVALHADOS EM POLVORAS. SORRI SORRI NOVAMENTE. (NANÛ) CRIANÇAS VELHAS... ESSE MUNDO ADULTO NOS DESTROI parte 999
Crianças velhas...
Porque?
Porque fizeram dos pequenos gestos, faca de dois gumes que perfuram olhos azuis nos faróis;
Porque fizeram da revolta, apenas uma palavra de dicionário;
Condicionaram-na a mero espectador;
Simples palavra, com sinônimo de maldade;
Porque fizeram dos olhares, apenas o alvo;
Porque?
Porque tudo se encontra em um único lugar:
Nas prateleiras de supermercado vende-se cérebro;
Nas vitrines que encantam os dedos e a artificialidade;
Nos vazios que perambulam nas ruas editando apenas marcas;
E nos zumbis humanóides que nada tem de novo novamente;
Porque?
Porque fizeram do aperto de mão, espinhos;
Porque fizeram da juventude...
Mais uma marca esculpida em códigos de barras
E mero passatempo.
(NANÛ – velha jovem criança)
PRÊMIO NOBEL DO ÓDIO
Se não fosse:
A fome e a miséria;
A morte de crianças nas guerras;
A destruição da natureza e a ganância;
A ignorância humana;
A troca de olhares por privilégios;
A mutilação de pensamentos;
A criação de deuses e demônios para domínio mental;
Eu não estaria aqui
Recebendo esse prêmio.
E como isso...
Eu dedico ele a todos os humanos
E digo mais: “Continuem a assassinar, a matar, a destruir, a devastar, etc e vários etc;
Pois quero receber mais outro prêmio
Ou seja, vários
Mesmo que não seja esse.
Pode ser prêmio nobel...
Da morte;
Prêmio nobel da desgraça;
Prêmio nobel do fim.
E quando não existir mais...
Quero receber o tão sonhado...
Prêmio Nobel do fim da raça humana.
(Dadazdawa – o colaborador e na fila a espera do seu prêmio nobel da mutilação de recém nascidos)
ÓDIO TRANSGêNICO
O que temos para comer?
O prato do dia é:
Lixo, a realidade de milhões de pessoas, ou...
Cadáver, assassinado por um morto vivo, ou...
Prato de lágrimas, ou...
Ódio modificamente modificado pelo amor
Ou...
Se você preferir...
Capsula de clones recém gerado
E de sobremesa
Temos você.
(Alves – o cozinheiro nas horas vagas de estacionamento)
Favelas, becos e vielas
Favelas ...
Elas
Percorrem becos
E Vi Elas
Sua arma... uma rima
Sua rima... uma arma.
Adolescentes...
Poucos dias de vida
Quando foi morar nas ruas de São Paulo
Passagens pela Febem
Anos depois mais Febem
Começou a namorar
Veio a gravidez
Mais uma vida nas ruas
Calçadas da Cinelândia
Rio de Janeiro.
E a matilha de criança suja no meio da rua
Gerações de meninos de rua.
Metrópole brasileira
Instituição, governo (apenas fachada)
Crianças carente
Meninos e meninos
De volta pras ruas
Companheirismo dos colegas, ganho financeiro, sobrevivência, esmola, prostituição, cadeia, drogas e violência
E os burgueses desfilam pelas avenidas, com os seus carrões (éca)
Exercito da miséria
Triste recaída.
A violência começou
Nas favelas, nas senzalas
No apartamento do Leblon
Um corpo
Um morto
Um frio na barriga
O cheiro de cola
A fome de miragem
Pá pum
Foi-se
(NANÛ – O quilombento)
Roubar o cálice onde Jesus Cristo celebrou a última ceia, Pietro, filho de imigrante italiano. Morador do Bixiga. Bairro da cidade de São Paulo. Brasilo. Adolescente. Estudante. Num dia qualquer. Tarde. 16h35min. Sala de aula. Entra um terráqueo impar. 65 anos. Baixo. De olhos vermelhos. Sapatos lustrados. Barba branca. Óculos. Calça de linho por debaixo da batina. Padre. Pietro se torna Padre. LEIA-ME.
.O VATICANO
.O Vaticano - de Nanû da Silva
"... um beijo foi o primeiro contato entre Pietro e o Papa"
--- Cadê o baseado? - perguntou o Papa.
--- ? - Pietro sem entender.
Nesses rabiscos x leitor/a vai ler dois livros em um. Imagine lendo um romance onde o rabiscador intervem. Aqui nessa obra tu vai ler o romance e a história do rabiscador sobre a arte de escrever seu primeiro romance. Uma ficção deliciosa, onde o rabiscador tenta quebrar padrões na literatura. risos, gargalhadas, inocência, gritos e literatura.
--- Cadê o baseado? - perguntou o Papa.
--- ? - Pietro sem entender.
Nesses rabiscos x leitor/a vai ler dois livros em um. Imagine lendo um romance onde o rabiscador intervem. Aqui nessa obra tu vai ler o romance e a história do rabiscador sobre a arte de escrever seu primeiro romance. Uma ficção deliciosa, onde o rabiscador tenta quebrar padrões na literatura. risos, gargalhadas, inocência, gritos e literatura.
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